Olá, futuras cobaias de uma raça alienígena que irá dominar a Terra de modo a drenar toda nossa água e usar os humanos remanescentes como brinquedos. Como estão?

Ainda nesse clima gostoso demais de final de ano, o Na Lupa dessa semana trará mais uma lista. Entretanto, dessa vez, com os melhores singles femininos lançados no cenário do K-Pop esse ano.

Sim, meus queridos, esse foi um ano bem frutífero para as cantoras solo e para as que fazem parte de grupos, tanto que, diferente da lista com as piores – que pode ser lida aqui –  não consegui reunir apenas cinco representantes, mas sim 10 grandes canções que chamaram bastante a minha atenção durante todo esse ano maravilhoso de meu Ho-oh.

Pois bem, peguem seus fones de ouvido, um lanchinho e vamos lá…

Girls’ Generation  – Mr. Mr.

E o ano começou bem gostoso com as sempre bem-vindas meninas do SNSD. Apostando na canção Mr. Mr. – cujo EP eu resenhei bem aqui -, o grupo mostrou que consegue se manter no topo com uma canção muito bem trabalhada. Ela é toda envolta por uma “sujeira” eletrônica excelentemente bem construída, com teclados capazes de deixa-la tanto vintage como futurista.

O MV é um caso a parte. Seguindo a mesma onda da canção, nele as meninas intercalam entre cenas parecidas com filmes gore e danças muito bem coreografadas, cujas escolhas de cores tornam a fotografia agradável por si só…



Hyuna – Red

Quem também voltou muito bem foi a cada vez mais gostosa Hyuna. Sempre colocada como uma “falsa estrela” e “vendida” por alguns meios comunicativos e fãs de outros K-idols, a rapper do 4minute resolveu dar uma resposta malcriada, fazendo um videoclipe extremamente ousado para a canção Red.

Se ela antes era chamada de vadia e vulgar por apenas existir, agora Hyuna mostrou que veste muito bem essa carapuça, mas consegue fazer isso com uma canção de qualidade altíssima – e um EP resenhado aqui, sendo esse o seu melhor trabalho, superando inclusive os já feitos com o 4minute, Trouble Maker e Wonder Girls.

Red é um Pop chiclete repleto de efeitos dubstep, baterias eletrônicas e guitarras. O refrão tem uma das letras mais bem boladas desse ano, fazendo referência ao ditado coreano de que a maçã é vermelha e gostosa, mas na canção o que é vermelha é a bunda do macaco e a gostosa é a Hyuna…



4Minute – Whatcha Doin’ Today

E já que citamos a Hyuna, outro single com ela precisa ser citado. Whatcha Doin’ Today, das sempre bem humoradas e sarcásticas meninas 4Minute, é um Shyntpop adocicado e futurista muito bacana. É o tipo de canção que, ao escutar o refrão três vezes, irá te acompanhar grudado na cabeça durante dias de tão pegajoso que é. Já o videoclipe é tão maluco, colorido e sátiro que dá certo…



Spica – I did it

Provavelmente a grande maioria de vocês, leitores e ouvintes, nunca ouviu falar nesse grupo sul coreano. Confesso que eu não tinha ideia de quem as mesmas eram até bem pouco tempo e que estava bem duvidoso se deveria ou não incluir essa canção na lista de melhores do ano, pois ela faz parte de um trabalho em inglês lançado para os EUA.

Entretanto, como o excesso de informação e aprendizado é o único que não é ruim, I Did It é uma das grandes canções de K-Pop desse ano.

A energia delas na faixa e no MV é extremamente contagiante, visto a ótima interpretação vocal, a boa mistura entre instrumentos e efeitos eletrônicos, deixando tudo com uma cara mais orgânica. É quase um K-Rock. Sugiro que, assim como eu, vocês fiquem de olho nessas garotas…



Red Velvet – Be Natural

Se leram a matéria anterior, onde listei os cinco piores singles do K-Pop feminino desse ano, devem estar se perguntando o motivo dessas novatas da SM estarem aparecendo aqui, não é? Pois bem, a resposta é simples: Be Natural é uma das melhores músicas desse ano, assim como tem um dos melhores MVs.

É estranho uma girl band que pode fazer um material como esse, bem cantado, bem elaborado, contido e original, com um vídeo otimamente coreografado e bem dirigido tenha também em seu currículo uma atrocidade sonora como a mostrada em Happiness. Vai entender…



Fiestar – One More

Essa talvez seja a música mais sensual desse ano no Pop coreano. One More tem uma soma de efeitos break old school misturados numa deliciosa combinação de sonoridades deep house trazidas pelos sintetizadores que, quando acrescidos vocais vezes sussurrados, vezes agressivos dessas meninas, pintam uma canção ridiculamente ousada. Os primeiros três segundos do instrumental já são capazes de prender a minha atenção. E o vídeo “propositalmente amador” deixou tudo ainda mais quente…



Ailee – Don’t Touch me

A Ailee é sem sombra de dúvidas a portadora de um dos melhores vocais da música oriental atual. Só que isso de nada adiantaria caso a mesma não lançasse boas canções que favorecessem tal dom. E foi isso que ela fez com o EP Magazine – resenhado aqui – e, principalmente, com o single Don’t Touch Me.

Lembram que eu havia dito que muitas artistas e grupos esse ano tentaram soar vintages e orgânicos, mas haviam falhado miseravelmente? Pois bem, a Ailee mostrou para todos como é que se faz isso de maneira correta. A canção flerta com Jazz, com Soul e R&B, mas ainda assim é Pop. Ótima qualidade.

E é sempre bom frisar que essa é uma das cantoras de K-Pop mais gostosas carismáticas do planeta…



Orange Caramel – Catallena

É muito legal quando artistas tem projetos paralelos e, neles, decidem explorar uma sonoridade completamente distinta e ousada. Ousadia é tudo o que define esse trio que funciona como sub-unidade da banda After School. Em Catallena, as Orange Caramel mergulham tão fundo na musicalidade eletrônica do oriente que até se assemelham ao J-Pop – o que é muito reforçado pelo MV feito, onde elas interpretam pratos da culinária nipônica.

É uma soma de doçura, ingenuidade e erotismo tão insana que chega a ser bizarramente boa. Dá para acreditar que essas são as mesmas que sensualizam num pole dance no videoclipe de First Love? É genial…



HA:TFELT – Ain’t Nobody

Embora tenha esse nome difícil de gravar, o projeto solo da Ye Eun, do Wonder Girls, se mostrou um dos melhores desse ano, seja no Pop de dentro ou fora do ocidente – e ainda pretendo resenha-lo nessa coluna mais para frente.

Ain’t Nobody, escolhida como single e com certeza uma das mais poderosas do CD, é uma balada mid-tempo cantada com um timbre rouco e melancólico sobre três sonoridades diferentes: um instrumental Pop clássico bem contido em seu início, uma explosão eletrônica que faz um contraponto sônico perfeito no refrão e, logo em seguida, uma sequência de vocalizes autotunados numa grade trap lindamente bem colocada.

Há toda uma delicadeza de detalhes que faz com que essa canção seja agressivamente memorável. É agoniante, obscura e claustrofóbica, mas ao mesmo tempo angelical. E o MV é o melhor desse ano…



F(X) – Red Light

Antes de tudo, é necessário dizer que esse foi o melhor comeback desse ano. Embora essas meninas tenham tido que estacionar a divulgação do álbum por conta de motivos de saúde, poucas vezes um girl group conseguiu reunir uma sequência de faixas tão boa e fiel ao seu conceito quanto essa – leiam mais aqui. Não deveríamos esperar diferente do F(X), né? Agora vamos ao single.

Red Light reúne tudo o de melhor que há em faixas obscuras de Eletronic Dance Music, Eletronic Body Music, Noise e Industrial, mas ainda soando Pop, resultando na maior superprodução sonora coreana desse ano. No MV, há um tom de filme apocalíptico sensacional, com uma também sensacional coreografia capaz de invejar qualquer time de meninas que querem se tornar estrelas.

A minha vontade é enviar isso tudo para 2NE1s e Lady Gagas da vida com um bilhete dizendo que é assim que se faz um bom trabalho musical assumindo uma postura rebelde. Espetacular…



E não acabou não. Ainda traremos mais algumas listas de fim de ano para vocês aqui no fim de ano da Rádio J-Hero! Até lá!